Amor-Próprio, Forças Arquetípicas da Mente e Criança Ferida
- Filomena Santos
- 16 de mai. de 2021
- 2 min de leitura

A expressão “Se não consegues gostar de ti próprio, não consegues gostar de mais ninguém” é um lugar comum.
No entanto, para muitas pessoas, gostar de si próprio continua a ser uma noção vaga que, muitas vezes, praticamos de formas materiais através de compras exageradas ou férias caríssimas. Mas recompensar-se com viagens e brinquedos é amor do terceiro chakra – utilizar prazer físico para expressar apreço por si próprio.
Embora este tipo de recompensa seja agradável, pode obstruir o nosso contacto com as vibrações emocionais mais profundas do coração que emergem quando precisamos de avaliar uma relação, um emprego, ou qualquer outra circunstância perturbadora que nos afecte a saúde. Amar-se a si próprio como desafio do quarto chakra significa ter a coragem de escutar as mensagens emocionais e as directrizes espirituais do coração. O arquétipo para o qual o coração nos guia mais frequentemente para a cura é o da “criança ferida”.
A “criança ferida” dentro de cada um de nós contém os padrões emocionais feridos ou mutilados da nossa juventude, padrões de recordações dolorosas, atitudes negativas e de imagens disfuncionais de nós próprios. Inconscientemente podemos continuar a operar dentro desses padrões em adultos, ainda que de uma nova forma. O medo do abandono, por exemplo, transforma-se em ciúme. O abuso sexual transforma-se em sexualidade disfuncional. (…)
A imagem negativa de si própria de uma criança pode vir a tornar-se mais tarde fonte de disfunções tais como anorexia, obesidade, alcoolismo e outras dependências assim como o medo obsessivo do fracasso. Estes padrões podem prejudicar as nossas relações emocionais, as nossas vidas pessoais e profissionais, e a nossa saúde. Amar-se a si próprio começa por confrontar esta força arquetípica da psique e destronar a influência da criança ferida sobre nós. Se não forem curadas, as feridas mantêm-nos a viver no passado.

Anatomia do Espírito, Caroline Myss - pág.226, edição portuguesa, Gradiva - Sinais de Fogo.
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